sábado, 31 de outubro de 2009

Não quero mais, não assim...

Roo as unhas desenfreadamente...
Que ansiedade é esta que agarrei com umas mãos ainda feridas de tanto tentar tocar-te?
Ainda estou deitada a teu lado...
Mas que sentido faz isto desta forma?
Quero deixar esse teu corpo despido do que éramos, agora.
Quero deixar esse teu sorriso, esse teu olhar que já não se encontra com o meu naquela expressão que eu podia ver, agora não vejo nada.
Não quero mais, não assim.
Não quero de novo ver essa tua cara que não me pertence.Isso não faz de ti nada, nada do que já vi, nada do que quero ver, nada do que podes ser.
É essa conjugação de nadas que encontro agora nestes lençois. Instantes que foram teus e meus, e de facto reais, mas que não foram nossos. Estamos tão longe de sermos nós...
Podemos até ser eu e tu de olhos sem visão, mas o que há nisso para além de um arrastamento de nadas e conveniências? de apetites momentâneos?
Não quero mais, não assim...

2 comentários:

  1. "Apetecimentos momentâneos" axo que nao descreveria de melhor forma.

    Beijinho

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