domingo, 29 de novembro de 2009

Ups!

Tenho frio, demasiado frio.Há horas que aqui estou (um estar de quem está mas não está) fixada nesta parede disforme e indiferente de mim, onde silênciosamente procuro uma restia de qualquer coisa que queira ser minha, mas toda essa textura de pequenos relevos duvida de mim e afasta-me, como se eu não tivesse já longe demais!
Quero agora alguém, alguém que me arranque este frio, que fique a meu lado. Mas o mundo está tão poluid0 de futilidades, as palavras tão banalizadas que perfiro a companhia falsa que a solidão me oferece....
Ups! entretanto a parede redesenha-se num contorno nitido daquela tarde de mar enquadrado num pormenor tingido a laranja (já tinha saudades). Tentando fazer parte desse quadro (peço desculpa se não consegui ou não quis ser mais abstracta) vou-te contemplando, um pouco ás escondidas. Tens algo de tão raro...
Pareces estar á espera, e esperas há tanto tempo que nem reparas mais que esperas, não pensas que possam já ter reparado que essas rugas são apenas a força vincada do que te distingue...
Mas talvez estejas demasiado longe já, e como eu, talvez sintas demasiado frio...
Talvez...
Mas esses olhares que chocam têm muito mais a dizer...

sábado, 14 de novembro de 2009

Margem do Sonho

Criatura perdida no medo
Leva tudo de mim
Corta-me os pulsos
Arranca-me a fúria
Leva-me contigo
Lambe os meus pecados
E dá-me o inferno
Toca-me
Venera-me
Inveja-me
Tudo o que quiseres
Leva tudo de mim
Tudo de mim
Esmurra a minha raiva
Deita-me fora
Possui-me
Resgáta-me
Entrega-me
Apaga a minha vida
Esfaqueia os meus sonhos
Penetra a minha alma sangrenta
E leva tudo de mim....

terça-feira, 3 de novembro de 2009

SKUNK ANANSIE

Skunk Anansie, pah a puta do concerto da minha vida! mesmo!

domingo, 1 de novembro de 2009

Perdida...

O céu está estilhaçado de nuvens alaranjadas sob os olhos atentos de uma lua observadora...
O meu horizonte debruça-se no parapeito de uma janela aberta para o meu céu daqui, este meu céu daqui...
Oço acordes de uma música onde te encontro enquanto vou trocando olhares com a lua na esperança que ela sorria para mim, que me ofereça um reflexo de ti, do teu mundo disperso na multidão desses olhares e silêncios que falas. Onde te perdes e onde estou perdida...