quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Esqueletos à luz da fogueira...

Lábio molhado...
Recanto encontrado...
Rasta quebrada...
Lua espelhada...
Quem és tu?
Vozes de magia negra...
Um capo roto alucinante...
No meio de uma macumba psicadélica...
Há quanto tempo estás ai?
Corpo de areia...
Margem de sonho...
Visão do Mundo...
Pano de fundo...
Continuas ai?
Odor de fumo...
Fantasia morta...
Fera banida...
Distúrbio devoto...
Pedra virada...
Sentimento mudo...


*Porque ás vezes apetece escrever coisas sem sentido...

3 comentários:

  1. Até sem sentido és fantástica;)*

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  2. Quase uma vida.

    Tão feliz que nasci
    e meio vivi
    Nas cruzadas da amargura
    Algo doce sempre perdura.

    Não daria uma fracção
    por instantes de solidão
    Conhecidos me amparam,
    Não sonham que me desarmam.

    Meu coração sem tormento
    acreditando genuíno
    traiu meu pensamento
    por momentos... distraído

    Enganado me enganei..
    entre sorrisos entrelaçados
    bem feito que sofrerei,
    com meus olhos bem molhados


    Cá me levo na solidão
    nada mais além de alma na mão
    invejando quem me rodeia e esguia
    que espero não me leve a letomania.

    Fechar-me-ei, não por concreto
    Nem tão pouco por sabedoria
    Na ignorância do discreto
    Eu e minha melancolia ....

    .... Adeus Mundo!!

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  3. Naquela noite ardente, em que as chamas do escuro alcançaram o céu, queimando as asas aos anjos eu vi-te a derramar o sangue, sangue que hoje ainda verte pelos lábios, lágrimas cristalinas do teu rosto pálido ainda hoje vergam o estandarte da dor, naquela noite em que o nosso mundo se cobriu de neblina, os sons dos órgãos, o coro das trevas voltaram a ressoar pela estrada do prazer, prazer que não te deixava parar, prazer que aumentava a tua sede, sedenta do sangues que te fez perder o brilho escuro do último suspiro, carne cortada que te elogiava pelo seu sabor, crianças, pessoas que gritavam pela morte, antes que caíssem nas nossas entranhas nojentas, serpente macabra consumidora do ser iluminado. Nessa noite o nosso mundo acabou, pois acabas-te por desvanecer á tua sede. Mas… sinceramente estou feliz pois o prazer carnal, psíquico, horroroso… saboroso tornou-se meu, apenas meu… um grande poder acarreta grandes sacrifícios, tu, sim tu, foste e serás a presa, o sacrifício, quanto a mim apenas vou continuar a ouvir os gritos que fazem estremecer os seres que consumiste, os gritos já roucos de tanto implorarem pelo seu fim, e o melhor de tudo a presa virou predador e apenas eu… eu, continuarei aqui, a ouvir-te implorar-te enquanto eu devoro cada parte de ti lentamente, mesmo muito lentamente. A vida torna-se num ciclo viciado e a partilha do poder não é discutível. Bem-vindo ao berço do medo.

    Demonik Crow

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